Abaixo post de lançamento no blog respectivo.
Contos Fumegantes - O Livro
Introdução
Contos Fumegantes - O Livro
Finalmente publiquei no site clubedeautores.com.br uma primeira coletânea de "Contos Fumegantes".
Com ilustrações de Fernanda Pacheco, reuni 15 contos nessa compilação.
Sei que Introduções tem seus propósitos e devem ser curtas além de outros detalhes, mas resolvi fazer um pouco diferente, resolvi fazer da própria Introdução um conto. Tomara que o Livro agrade seus leitores.
Com ilustrações de Fernanda Pacheco, reuni 15 contos nessa compilação.
Sei que Introduções tem seus propósitos e devem ser curtas além de outros detalhes, mas resolvi fazer um pouco diferente, resolvi fazer da própria Introdução um conto. Tomara que o Livro agrade seus leitores.
Contos Fumegantes - O Livro
Introdução
Era uma vez um conto que ainda não tinha nem sido pensado.
Ele estava agoniado lá no mangue dos contos. Mangue dos contos é onde surgem todos os contos de menor categoria. O maior sonho de um conto lá do mangue era ser oriundo do fabuloso Jardim Florido dos Contos. Bom, mas isso é outra história. Voltando ao nosso agoniado e pobre conto, ele não via a hora de ser lido por alguém, mesmo que fosse pra ser comentado: “Que bosta de conto”.
Foi na calada de uma noite que o intrometido e impaciente conto inexistente, teve uma desastrosa idéia. Sentindo que talvez ele nunca viria a ser criado, tomou uma decisão drástica. Resolveu que não queria mais ser um conto e sim uma Introdução.
Os demais contos embriões do Mangue bem que tentaram dissuadi-lo de tal idéia e até o velhíssimo Conto Indígena que esperava séculos pra ser criado, lhe recomendou deixar tão estapafúrdia intenção de lado.Não adiantou. Alertas como: Uma introdução não tem o glamour de um conto ou uma Introdução é algo só pra preparar o leitor e a mais forte: Ninguém lê introduções. Nenhum alerta foi suficiente. O Pobre e, no entanto intrépido conto seguiu sua jornada. Atravessou, matagais, passou por rios, nadou contra correntezas, escalou penhascos e arrastou-se por areias desérticas com miragens fumegantes.
Depois de uma jornada que parecia impossível, lá estava ele, com o nome de Introdução. Lá no Mangue muitos nem acreditam nisso e os velhos contam aos mais jovens dessa grande proeza. Ele virou um herói por lá. Todos invejam tal coragem. Sair das sombras e se tornar alguém. Até o velho Conto Indígena olha para o horizonte e lembra com orgulho do pequeno Conto que um dia por vontade própria, levantou-se pegou sua mochila e partiu para a terra dos Contos Concluídos, mesmo que fosse como uma mera Introdução.
Ele estava agoniado lá no mangue dos contos. Mangue dos contos é onde surgem todos os contos de menor categoria. O maior sonho de um conto lá do mangue era ser oriundo do fabuloso Jardim Florido dos Contos. Bom, mas isso é outra história. Voltando ao nosso agoniado e pobre conto, ele não via a hora de ser lido por alguém, mesmo que fosse pra ser comentado: “Que bosta de conto”.
Foi na calada de uma noite que o intrometido e impaciente conto inexistente, teve uma desastrosa idéia. Sentindo que talvez ele nunca viria a ser criado, tomou uma decisão drástica. Resolveu que não queria mais ser um conto e sim uma Introdução.
Os demais contos embriões do Mangue bem que tentaram dissuadi-lo de tal idéia e até o velhíssimo Conto Indígena que esperava séculos pra ser criado, lhe recomendou deixar tão estapafúrdia intenção de lado.Não adiantou. Alertas como: Uma introdução não tem o glamour de um conto ou uma Introdução é algo só pra preparar o leitor e a mais forte: Ninguém lê introduções. Nenhum alerta foi suficiente. O Pobre e, no entanto intrépido conto seguiu sua jornada. Atravessou, matagais, passou por rios, nadou contra correntezas, escalou penhascos e arrastou-se por areias desérticas com miragens fumegantes.
Depois de uma jornada que parecia impossível, lá estava ele, com o nome de Introdução. Lá no Mangue muitos nem acreditam nisso e os velhos contam aos mais jovens dessa grande proeza. Ele virou um herói por lá. Todos invejam tal coragem. Sair das sombras e se tornar alguém. Até o velho Conto Indígena olha para o horizonte e lembra com orgulho do pequeno Conto que um dia por vontade própria, levantou-se pegou sua mochila e partiu para a terra dos Contos Concluídos, mesmo que fosse como uma mera Introdução.